Educar é fazer o aluno fruir dos bens
do planeta em todas as suas manifestações para que sua fantasia, seu verbo e
sua linguagem sejam libertários, destemidos, sem freios. É fazer do ato de
pensar um feito tão natural quanto respirar. Um dom ao alcance de todos,
independentemente de sua condição.
Educar é defender o exercício e a
prática que transformam o sujeito passivo em sujeito da própria história. É dar
fé a quem está na sala de aula de ser ele uma entidade inviolável, uma aposta
no futuro.
Educar é prender o aluno à escola, empenhar todos os recursos para evitar a evasão escolar, a fuga da vida. É despertar nele o desejo de vir a ser um projeto existencial magnífico, sem brechas, fissuras. De vir a ser, no futuro, um congressista, um escritor, um operário, um mestre. Alguém que, ao explorar sua irrenunciável vocação para a vida, nela inclua como meta o saber, o desvendamento da inteligência, o coração ardente, a mirada camaleônica e reveladora.
[...]
Educar é também convencer alunos e
cidadãos de que o professor é a única entidade social capaz de modificar a
sociedade e torná-la melhor. É um ser aparelhado para se opor à barbárie. Pois
quem, senão o mestre, tem a habilidade de chegar mais perto e rapidamente ao
coração jovem que recentemente deixou as paredes de casa?
[...]
É, finalmente, reverenciar, hoje e
sempre, a figura do professor que, tomando-nos pela mão, enlaçados pelo mesmo
ideal, leva-nos a freqüentar o próprio mistério, o coração alheio, a visitar a
memória, as civilizações pretéritas que residem em nós.
CHALITA, Gabriel. Pedagogia da
Amizade – bullying: o sofrimento das vítimas e dos agressores. São Paulo:
Gente, 2008.
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